Mobilidade
Eu, de novooooo!!!!
Pessoal, estou fazendo uma pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar, genteeeeee, eu amoooooo a Fisioterapia, especialmente a pediátrica... Mas, voltando a pós, na disciplina de Anatomia voltada para o ambiente hospitalar, fizemos e apresentamos um trabalho sobre MOBILIDADE.
A Fisioterapia é uma ciência aplicada ao estudo, diagnóstico, prevenção e tratamento
de disfunções cinéticas funcionais de órgãos e sistemas. Entre outras coisas a Fisioterapia estuda os efeitos benéficos dos recursos
físicos como: o movimento corporal, as irradiações, as correntes
eletromagnéticas, o ultrassom, entre outros recursos, sobre o organismo
humano. A Fisioterapia está diretamenete relacionada com o movimento, a funcionalidade, enfim a mobilidade.
Vejam só!!!!
Agora, fazendo outra pós-graduação, Mestrado em Educação, teremos um seminário sobre...
Mas peraí. Galera, será que estamos falando da mesma mobilidade? Será que a mobilidade que iremos discutir no seminário da disciplina Educação, Comunicação e Tecnologia é a mesma mobilidade que estudei ainda há pouco em Fisioterapia Hospitalar?
Nada disso!!! Vejam que o significado da palavra depende, muitas vezes, do contexto no qual ela é utilizada. Podemos utilizar mobilidade em vários contextos: física, urbana, social, em software, telecomunicações, tecnologia, etc. Então se utilizo mobilidade e a relaciono a questão anatômica, da saúde, da Fisioterapia, essa se restringe a mobilidade fícica do corpo, do movimento necessário para que essa mobilidade ocorra.
Quando falamos em mobilidade relacionando ao ciberespaço, ainda refere-se ao movimento, mas não é mais o movimento do corpo, e sim do movimento proporcionado pelas tecnologias.
No texto Cibercultura e Mobilidade: a era da conexão, de autoria do André Lemos, cujo texto disponibilizo aqui ao lado no Bom para LER, o autor fala da definição inicial de mobilidade, como "o movimento do corpo entre espaços, entre localidades, entre espaços privados e públicos", percebemos que essa mobilidade a qual ele se refere é a mesma que estudamos na Fisioterapia, relacionada ao corpo, ao movimento do corpo no espaço, mas essa não é o foco do seu texto.
Continuando a leitura do texto supracitado, o autor destaca que a "mobilidade é vista como a principal característica das tecnologias digitais", ou seja, percebe-se aí que não se trata mais da mobilidade corporal, mas de uma tecnologia, de um amparato tecnológico em movimento, ou seja "as tecnologias móveis", que segundo o autor "são vendidas na promessa de propiciar uma conexão a ‘qualquer hora’ e em ‘qualquer lugar’, tanto através de voz ou dados."
Ele diz que nos anúncios essas tecnologias móveis são apresentadas como "capazes de transcender as ‘limitações’ geográficas e de distância, incluindo as diferenças geográficas nos locais de trabalho e demais atividades". e na prática, até certo ponto o são realmente. Vejam esse vídeo, ele fala sobre a nova geração de jovens, e da influ~encia das mídias e das altas tecnologias em suas vidas e em seus comportamentes.
A era da conexão é a era da mobilidade. "A internet sem fio, os objetos sencientes e a telefonia celular de última geração trazem novas questões em relação ao espaço público e espaço privado... a privatização do espaço público... a privacidade... a relação social em grupo com as smart mobs... As novas formas de comunicação sem fio estão redefinindo o uso do espaço de lugar e dos espaços de fluxos" (Castells, 1996).
Falando como fisioterapeuta que sou, vejo dois pontos nessa mobilidade digital, um aspecto positivo, uma vez que as informações circulam em uma rapidez espetacular, e outro não tão positivo, tendo em vista que essa mobilidade digital tem tornado as pessoas cada vez mais "imobilizadas" fisicamente. O sedentarismo favorecido pela tecnologia de ponta.
Pois é pessoas, tudo bem que a praticidade da mobilidade digital é inquestionável, mas vamos deixar um pouqinho aí essas tecnologias e vamos exercitar a mobilidade física!!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário