Parte II - Subculturas e Cibercultura(s): para uma genealogia das identidades de um campo
Ontem falamos sobre a
cibercultura, de sua indefinida definição, dos novos estilos de vida digitais,
relembramos Bauman, entramos nos desafios da cibercultura no contexto escolar,
etc.
Bem, agora vamos falar da
definição (ainda indefinida) de cibercultura e de sua(s) subcultura(s) e da
origem dessas. Para tanto vamos percorrer as linhas do artigo de Adriana
Amaral, cujo título é Subculturas e Cibercultura(s): Para uma genealogia das
identidades de um campo, disponível para leitura também aqui ao lado, no Bom
para LER.
O objetivo do trabalho foi
“mapear as relações quase indistintas entre os processos de comunicação
e sociabilidade de ordem subcultural, que já estavam presentes na constituição
da cibercultura”.
Mas
afinal, o que é cibercultura?
Cibercultura é a cultura
que surgiu, ou surge, a partir do uso da rede de computadores através da
comunicação por meio de computadores, a indústria do entretenimento e o comércio eletrônico. É também o estudo de
vários fenômenos sociais associados à internet
e outras novas formas de comunicação em rede, como as comunidades on-line,
jogos de multi-usuários, jogos sociais, mídias sociais, realidade aumentada,
mensagens de texto,
e inclui questões relacionadas à identidade, privacidade e formação de rede.
(Wikipedia).
Vale destacar que ainda não existe um consenso
para o conceito e a definição de cibercultura , ou seja, ainda está em processo
de construção, por isso a relevância de trabalhos e pesquisas sobre o tema.
E
subcultura? O que é isso?
Esta pode ser entendida como conjunto de
elementos culturais específicos de certo grupo social, como um micro-grupo que
pode coexistir pacificamente na sociedade ou constituir uma subcultura
desviante, relativamente ao padrão cultural dominantes, imposto pelas elites
que têm uma influência sócio-política e econômica decisiva. (http://subculturasecontraculturas.blogspot.com.br/p/definicao-de-subcultura-e-contracultura.html).
Adriana Amaral complementa dizendo que “assim,
articulamos dois quadros teórico-conceituais aparentemente distintos, os
estudos subculturais e as teorias da cibercultura com vistas a um refinamento
do próprio conceito de cibercultura (ou seriam ciberculturas?)”, diz a autora.
Felinto
(2007) destaca , também, que a “
cibercultura é, nesse sentido, herdeira de diversas questões da modernidade.
Elaborar uma cartografia da cibercultura significa também, portanto, desenhar linhas de tempo, paisagens
temporais estranhas que conectam épocas distantes e se enraízam no secular
projeto tecnológico do Ocidente”.
Resumindo, para entender a genealogia da
cibercultura é imprescindível realizar uma viagem nas subculturas, “é hora das
(sic) ciências sociais também transitarem da subcultura ao sprawl” (alastrar; espalhar. Referência a trilogia Ciberpunk escrita por William Gibson). (Canevacci,
2005).
Mas, e como fica a educação? Como atender as demandas dessa nova geração digital? O que se
esperar do futuro que já chega com um pé no futuro? A escola e o educador estão preparados para lidar com este “novo
alunado”? Como educar os "nativos digitais?
A nova
geração chega com um pé no futuro! Os desafios, em todas as esferas, mudaram. São outros. Como a escola deve se preparar para esse desafio que se coloca e
que se desloca a cada momento?
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