“Um ser vivo e pensante jamais
pode ser reduzido a um simples executante” (Lévy)
Olá pessoas!!!!! Estamos de volta
para mais um bate-papo digital. Afinal em tempos de modernidade líquida, ciberespaço
e cibercultura, nada melhor para nos mantermos bem informados que um diálogo em
rede.
Vamos “falar” um pouco sobre a
escola, as tecnologias de informação e comunicação (TICs), e o impacto dessas mudanças
na relação aluno, professor e no processo de ensino e aprendizagem. A escola ensinante e aprendente.
Para tanto que tal darmos uma
lidinha na tese de doutorado da professora Maria Helena BONILLA, intitulada Escola Aprendente: desafios e
possibilidades postos no contexto da Sociedade do Conhecimento (2002) cujo link
para leitura está disponível aqui ao lado no Bom para LER.
De antemão podemos perceber que o
tema é no mínimo complexo e será grande nossa responsabilidade nesta conversa. Afinal vamos falar de uma assunto que tem sido até tema de tese(s) de doutorado(s). Hummmm. Então como
poderemos discutir em poucas linhas um tema que, por si só, já é assunto para
milhares de páginas?
Bem, acredito que o melhor será começarmos procurando
entender um pouquinho mais sobre alguns dos termos utilizados. Então vamos colocar mãos a obra!! Ops! Digo,
mãos no computador e lá vamos nós darmos um rápido mergulho primeiramente no hipertexto.
Em consulta a Wikipédia, (dessa vez resolvi dar um descanso ao meu companheiro de jornada, o dicionário), encontrei a seguinte definição para Hipertexto: termo que remete a um texto em formato digital, ao qual
se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos,
palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas
denominadas hiperlinks,
ou simplesmente links. Que ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos
ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação,
oferecendo acesso sob demandas as informações que estendem ou complementam o
texto principal.


Mas o quê que a escola tem a ver com tudo isso? Afinal,
qual o papel da escola frente as tecnologias de informação e comunicação - TICs?
Vejamos. Vivemos uma nova modernidade, ocorreram inúmeras mudanças em todas as esferas imagináveis: políticas, econômicas, sociais, religiosas... E claro que a escola não poderia ficar fora disso tudo. As novas tecnologias da informação e comunicação colocaram frente a escola um grande desafio! E para enfrentar esses desafios tornou-se ímpar a necessidade de uma mudança urgente e permanente.
Como destaca Bonilla, “para que a
heterogênese do humano seja cumprida, o processo educativo precisa fazer com
que mudanças de natureza aconteçam... Precisa buscar a diferenciação... não a
diferença do outro, mas a diferença de si mesmo”.
A escola passa a ter um papel
maior, que vai muito além da passagem de informações. Ela passa a ter
relevância especial na significação dessas informações. Ou seja, a relação
entre professor e aluno deixa de ser meramente interação e passa a ser
interatividade, ou seja, um movimento entre estas. A construção de significados.
Mas interação e interatividade não são a mesma coisa? Não. Ainda que sejam termos similares não são sinônimos, ou seja, podemos falar de interação sem necessariamente falarmos de interatividade, que é algo muito mais abrangente. Bonilla destaca que “enquanto a interação nos leva a uma atualização, a um acontecimento, interatividade nos leva a virtualização, a um estado de potência, à abertura de um campo problemático”. Ou seja “temos um movimento entre interatividade e interação... a relação desses fatos com o campo de possibilidades de onde eles emergem e que permitem que apareçam e desapareçam, num devir constante”.
Assim, a escola passa por uma metamorfose, cria-se uma nova relação entre professor
e aluno. Isso é sumamente necessário. Uma reestruturação da escola. Ocorre um "rompimento"
com o tradicional, com o método educativo "ditatorial", onde o professor fala e o aluno ouve passivamente. "Ele necessita esperar sua vez de falar, não pode interromper aquele que está com a palavra..." (Bonilla). Resumindo, é parafraseando Boaventura de Sousa Santos em seu Discurso sobre as Ciências: é preciso romper com o paradigma dominante.Mas até onde? E de que forma?
“Transformam-se os papéis desempenhados por professores e alunos em sala de aula”. Com a chegada das TICs as salas de aula há uma "superação das tradicionais relações interativas lineares... Todo emissor é potencialmente um receptor" e vice versa. Assim "constitui-se um ambiente não de emissão, mas de implicação, de interpretação, de atuação, de intervenção, de modo que o usuário não pode ser mais visto como mero receptor" assim o aluno não pode mais ser visto "agente da passiva" no processo educativo. É necessário a escola apropriar-se do sentido de ESCOLA APRENDENTE. Ensinando e aprendendo, num constante movimento de conhecimentos.
“Transformam-se os papéis desempenhados por professores e alunos em sala de aula”. Com a chegada das TICs as salas de aula há uma "superação das tradicionais relações interativas lineares... Todo emissor é potencialmente um receptor" e vice versa. Assim "constitui-se um ambiente não de emissão, mas de implicação, de interpretação, de atuação, de intervenção, de modo que o usuário não pode ser mais visto como mero receptor" assim o aluno não pode mais ser visto "agente da passiva" no processo educativo. É necessário a escola apropriar-se do sentido de ESCOLA APRENDENTE. Ensinando e aprendendo, num constante movimento de conhecimentos.
A escola e aos educadores emerge a necessidade de mudanças, e mudanças a cada dia. Os desafios mudaram, são outros, as práticas também precisam mudar, ´é necessário mudar os paradigmas tradicionais, torná-los fluidos, para dar conta de caminhar nesse “labirinto” de informações, onde “cada aluno e cada professor constrói sua própria configuração”.
Um comentário:
Alexandra você conseguiu compreender, por que não dizer virtualizar, o ref téorico abarcado pela tese "Escola Aprendente" de forma similar a minha, digo isso pois minhas anotações de estudo, minha atualização sobre o texto, destacam muitos do elementos que destacou! Senti falta de link que pudessem apresentar percursos de navegação, que me instigassem a navegar e descobrir mais sobre tudo que escreveu, quem sabe mais links do material lido sendo contraposto com sua realidade, de suas virtualizações (projeções não planejadas, não distas) até a suas atualizações (realizações, autorações como este post), fica a dica!
Axé!
PS: adorei as figuras! todas elas!
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